domingo, 30 de março de 2014

Uma outra proposta de intervenção

No site: Diversidade nas escolas, de Camila Figueiredo Soares,
http://professoracamilafs.blogspot.com.br/ ,

Encontrei uma segunda proposta de intervenção relativa à Cultura Inclusiva e respeito a Diversidade.

Desta vez, a proposta envolve toda a escola e tem como produto a criação de um videodocumentário sobre as dificuldades que pessoas com necessidades especiais encontram. Este é um excelente caminho para a formação de conceitos sobre a realidade e como mudá-la pela percepção do outro e de suas necessidades. A versatilidade desta abordagem sugerida pela autora está na quantidade relevante de oportunidades que este documentário pode se encaixar. Assim, ele pode ser inserido num contexto de classe, num HTPC, numa reunião de pais ou mesmo em alguma reunião de Diretoria de Ensino, ou mesmo participação em algum concurso ou exposição que admita espaço para o importante tema desta proposta.

Comentário sobre proposta de intervenção

Cristiane de Assis Macedo matém um site com excelentes postagens relativa à sua especialização. No dia 28 de março deste ano, ela postou sua proposta de intervenção para uma Cultura Inclusiva e respeito à Diversidade. 
Sua proposta atinge os educadores como ênfase e busca criar um escopo diversificado para a realização de diversas incursões no universo reflexivo da inclusão. Acredito eu que este escopo é bem-vindo em HTPC's ( horas de trabalho pedagógico coletivo ). Também acredito que a apresentação dos temas podem ser distribuídos ao longo de um ano, e assim, poderia fazer com que a reflexão sobre a Inclusão e a Diversidade se tornasse recursiva. Vale à pena de ser visitado e, quem sabe, implementado nas nossas escolas públicas.

Delineando uma proposta de intervenção à Diversidade e Cultura Inclusiva

Proposta de Intervenção

SEMANA DA CULTURA INCLUSIVA NA E.E. Wadih J. Maluf – Sumaré - SP

1 . Objetivos da proposta:

  • Articular professores de maneira coletiva e colaborativa,voltada para o projeto.
  • Criar oportunidades reais, coletivas e articuladas para a vivência da cultura inclusiva, numa perspectiva integradora das disciplinas do Currículo.
  • Utilizar de recursos e informações locais para tomadas de decisão.
  • Envolver a comunidade escolar nos conceitos de diversidade e cultura inclusiva.

2.Participantes do projeto:

 Gestores da escola, professores, funcionários e estudantes.

3.Desenvolvimento do projeto:

   3.1 Articulação de professores:
            3.1.1 : Reuniões em horário de trabalho pedagógico coletivo (HTPC)
           Tais reuniões, podem ser utilizadas com o objetivo pedagógico de envolver os professores em ações inclusivas voltadas para o projeto. De acordo com a experiência de cada um, criatividade e aplicabilidade, ideias vão se encaixando para uma proposta da semana de trabalhos do projeto. Este projeto precisa de coordenação pedagógica, com engajamento dos professores coordenadores da escola. Duração: Uma semana de HTPC’s.
            3.1.2: Pautas das reuniões:
Os coordenadores e professores envolvidos devem trazer experiências inclusivas ou de falta de respeito à diversidade, para que possam se sensibilizar e tomar decisões informadas sobre os temas. Dinâmicas de grupo são bem-vindas.

   3.2 Proposta de trabalho integrado:
            3.2.1: Elaboração dos temas gerais e articulações pedagógicas integradas
            Com a ajuda deste professor, Júlio César Coutinho, aluno deste curso, e dos coordenadores engajados, os professores irão elaborar sequencias didáticas, tarefas excepcionais, vivências voltadas ao respeito à diversidade, que possam ser expandidas e construídas coletivamente. Os alunos devem ser agentes ativos no processo, intervindo e apresentando modificações livres.
            3.2.2: Exemplificação de ações pedagógicas pertinentes:
            a) O professor de inglês pode apresentar o vídeo: My school, feito pelos alunos da 5ª série, em 2011, apresentando ações inclusivas relativas às mensagens das paredes da escola. O vídeo está disponível em :
, um bom começo para falar da cultura inclusiva, dos conflitos raciais americanos e de Martin Luther King Jr, apresentando seu discurso “ I have a dream “, para os alunos de 2º e 3º anos do Ensino médio da escola.
            b) Os professores de História e Geografia podem, por exemplo falar sobre os guetos judeus na Alemanha, na fase de deportação para campos de concentração da Polônia, durante a Segunda Grande Guerra. Podem também falar sobre os atuais campos de concentração ( exemplo dos afegãos no Paquistão ) ou os novos campos advindos da guerra síria. O desfacelamento da Iugoslávia, por causa das diferenças raciais e políticas e organização espacial artificial, de “ tribos “ européias ( Sérvios, Bósnios, Bósnios muçulmanos, Croácia, etc). A intolerância religiosa nos Estados Unidos nos anos de 1960, etc. Fontes para atividades que exemplificam a intolerância histórica, genocídio e como funciona o senso de alteridade.
            c) Os professores de português podem trabalhar temas inclusivos e notícias na esfera da diversidade, tanto de forma positiva ( exemplos de inclusão, de respeito à diferença, valores de ética, reserva de vagas para deficientes, cotas raciais, etc) quanto negativos(casos de homofobia, agressão à mulher, demissão injusta, assédio moral, sexual, etc).
            d) Os professores de Educação Física podem trabalhar a percepção do movimento limitado através de práticas de abotoar camisa usando dois pares de meia nas mãos, um aluno conduzir outro ( com os olhos vedados ), circular com um braço imobilizado para verificar se alguém o ajuda numa tarefa em que sua condição seja limitante, etc.
            e) Os professores de Arte podem trabalhar imagens em que a estética é apresentada com um novo olhar sobre o belo, como por exemplo:  Modigliane(Frans Hellens), Lucian Freuds ( The Queen ), Cézanne (Head of an Old Man), etc. Aqui as possibilidades são quase infinitas.
            f) Sociologia pode trabalhar fotos e reportagens sobre trabalho infantil: O Google está repleto de excelentes pontos de partida. Documentário em :
, Caminhos e Parcerias - Sisal (Bahia). Excelente documentário com excelente narração.
            g) O espaço para diálogo e criterização das atividades deve ser aberto e inclusivo.Todos os professores e disciplinas podem ser incluídos aos projeto.
            Duração: Uma ou duas semanas que antecedem a semana do projeto. Preferencialmente, horas de HTPC’s, pela facilidade de reunião dos professores.

   3.3 Envolvimento prévio dos alunos:
Articulação disciplinar coletiva.Os alunos devem ser envolvidos ao mesmo tempo. Isto é, todos os períodos e todas as séries devem ser engajadas, da maneira a ser determinada pelos respectivos professores. Nada deve ser imposto, e os alunos devem participar de maneira ativa, contribuindo com relatos de vivência, questionamentos e posições que, mediadas pelo professor, deverão negociar sentidos e soluções. Trabalhos individuais e em grupo. Duração: Uma semana, anterior à implantação do projeto.
   3.4 Envolvimento participativo dos alunos:
            Parte primordial, em que os alunos devem fazer parte, elaborando cartazes com o que estudaram, pesquisaram e criaram em produções textuais. Debates organizados por eles, apresentações para suas ou outras turmas, podendo acontecer de maneira cruzada, mediada por diálogos e articulações, por professores. Gravação de vídeo-documentários curtos, etc.
   3.5 Envolvimento dos agentes outros da comunidade escolar
          Os alunos podem entrevistar outros agentes da comunidade escolar, pais, professores, colaboradores, aplicar questionários elaborados por eles, alunos, para avaliação sobre a consciência à diversidade e à cultura inclusiva. Poderão depois, elaborar conclusão.  Duração: Durante a semana do projeto.
   3.6 Avaliação docente dos resultados do projeto
            Momento pós-projeto, em duas dimensões:
i)             Os professores devem avaliar os ganhos de vivência em Cultura Inclusiva e consciência ao respeito à diversidade. Os resultados devem ser apresentados para reflexão coletiva e formativa, também em HTPC. Duração: Um ou dois HTPC’s após o término do projeto.
ii)            Os alunos devem avaliar o que mudou em seus conceitos, na sua maneira de enxergar os colegas, a escola, as dificuldades e as limitações que vivenciaram e observaram no quotidiano de sua natureza escolar e na realização e participação no projeto. Duração: Indeterminado, pois cada professor dará um enfoque diferente e conduzirá esta conclusão pelos alunos para uma postura crítica e opinativa dos eventos ocorridos.

Originalmente postado na plataforma Moodle em 28 de março de 2014, às 22:58h

Segunda indicação de site para visitas

Sugestão:

http://construindonasalamultiespecial.blogspot.com.br/

     Caros colegas, começo a cobiçar a experiência de outros profissionais. Eis mais um site prático, em que me deparo, já no último post do autor, em setembro do ano passado, com exemplos práticos voltados ao desenvolvimento cognitivo dos alunos através da experiência lúdica. Gostaria de chamar a atenção dos colegas para a força da metáfora, das piadas, das brincadeiras e dos risos dentro da sala de aula. Alguma novidade? O problema é quando confrontamos manifestações de inteligência e de criatividade, como desacato, como impertinência, como falta de educação. Para mim, a melhor definição de criatividade e inteligência é uma das mais importantes na literatura " CRIATIVIDADE É DESVIO DA NORMA ! ".

Neste site, no jogo da borboleta, e se o aluno resolver inventar novas regras? E se ele quiser burlar a maneira de jogar, criando novos caminhos? É uma questão ética? moral? ou de experimentação para algo que ele vê, intuitivamente, como novos caminhos. Que a terra  girasse em torno do sol  fosse crime vá lá, mas era verdade.Quero eu dizer basta para verdades prontas que guiam os alunos, para regras pelas quais nem mesmo sabemos porque temos.No meu caso eu deixaria que ele não chegasse ao intento do jogo, para que ele experimentasse o desconhecido a sua maneira, quer para ele ,quer para todos nós. O medo de errar é que faz o entrave na vida. Não é a questão de arriscar desmedidamente, é questão de ter coragem de errar.

Visitem o site.

Por fim, em

http://construindonasalamultiespecial.blogspot.com.br/2012/09/sugestoes-de-atividades-ao-atendimento.html ,

O autor deixa sugestões de atividades de exploração da lógica, linguagem, concentração e criatividade. Quem disse que estes domínios são patentes da matemática?

http://construindonasalamultiespecial.blogspot.com.br/




Obs: Originalmente publicado na Plataforma Moodle em 24 de março de 2014, às 11:23h

Sugestão de site " Ser normal é respeitar as diferenças "

Recomendo este site:

http://inclusaofranciscalopes.blogspot.com.br/

    Francisca é uma professora especializada em AEE (Atendimento Educacional Especializado) e a pesar de seu site não receber feeds já por algum tempo, o que está lá muito me interessou. Há aconselhamentos organizacionais e de abordagem pedagógica para a constituição de uma SALA DE RECURSOS MULTIFUNCI-ONAIS - SRM de atendimento especializado. Um sonho para qualquer um de nós, que pretendemos ir muito além de apenas uma especialização para colecionar certificados. Não sou fã de  filatelia.  Especificamente, são sites com experiência prática, como este da  professora Francisca, é que interessam. Pontualmente, ela descreve como trabalhou e suas conclusões ao dispor de estratégias para lidar com seu aluno autista, no enfoque dos distúrbios de comunicação e linguagem. Muito mais do que uma sugestão para tarefa do curso, este site me serve como ponto de reflexão e aquisição de elementos práticos advindos de alguém que já foi além da teoria no front da inclusão. Recomendo aos meus pares dar uma olhada nos outros posts desta professora, pois nunca observei outro site, quer nesta especialização, quer em qualquer outra área, com tantos exemplos práticos e úteis. Espero que visitem. Obrigado.


Obs:Postado inicialmente na Plataforma Moodle, em 24 de março de 2014, às 10:57h.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Meu 1º trabalho de estímulo colaborativo na minha escola

Realizado para o projeto AYV da Adobe, este trabalho feito com alunos(as) da 5ª séries/6 º anos, na E.E. Wadih Jorge Maluf, em Sumaré, SP, evidenciou para os próprios alunos um pouco da visão colaborativa, inclusiva e de respeito à diversidade. Dentro de uma perspectiva positiva, integradora e respeitadora, estes alunos, hoje na 8ª série/ 9º ano, têm orgulho de suas intervenções na escola, e este vídeo é apresentado para os alunos ingressantes, como encorajamento para a participação colaborativa e desenvolvimento de uma identidade afirmativa para com o espaço físico da escola. Não há casos de pichações ou depredações do ambiente escolar, nos períodos da manhã e tarde nesta escola.